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O blog do Fi

um português em Berlim

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Entrevista no Páginas Soltas

Filipe B., 29.10.23

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Partilho hoje a conversa tão bonita que tive com a professora Sandra Barbosa no seu programa Páginas Soltas na Rádio TNFM.

Falámos de todo o meu percurso e do meu projecto do Serviço Voluntário Europeu em Itália no Centro Educativo para crianças com necessidades especiais.

E ainda demos um saltinho à minha passagem pela aviação.

Mas o tema central desta entrevista foi, claro, o meu novo livro Entre as Mulheres.

Podem ouvir aqui:

 

 

Assim foi o lançamento do "Entre as Mulheres"

Filipe B., 24.10.23

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Entre as Mulheres. Casa cheia. Livros esgotados. 

Confesso que ainda me admiro muito quando aparece tanta gente para a apresentação de um livro meu.

Sei lá, acho sempre que não vem ninguém, que o livro não interessa, sei lá, pensamentos parvos de um autor que ainda está a habituar-se ao valor que lhe dão. E saber que vocês tiram umas horas do vosso dia para estar ali tem muito valor para mim. 

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O lançamento do livro Entre as Mulheres aconteceu no Teatro Maria Noémia na Meia Via, Torres Novas. Foi um dia muito especial e de muita partilha. Devido aos temas centrais do livro, o autismo e o abandono parental, acabei por ter participação e partilha de experiências pessoais de quem assistia à apresentação, o que tornou esta conversa sobre o livro muito mais especial. Adoro quando não sou só eu a falar. 

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Um agradecimento especial à minha amiga Helena Caetano, gestora de projetos da StartUp, e a Elvira Sequeira, vereadora da cultura na Câmara Municipal de Torres Novas, pela presença e participação com palavras tão encorajadoras.

Um obrigado gigante ao pessoal do teatro da Meia Via por estarem sempre disponíveis para me receber tão bem. E outro à Carina Subtil, que aceitou o convite para ler um dos capítulos do livro. 🧡

Um obrigado, claro, do fundo do coração a quem veio e a quem mandou mensagens e palavras bonitas. Vocês são a minha motivação. Sempre.

 

fotos: Nuno Vasco e Vera Branco

Primeira entrevista sobre o "Entre as Mulheres"

Filipe B., 19.10.23

capa do livro Entre as Mulheres, mãe segura filho pela mão

Aqui está a primeira entrevista onde falo do novo livro.

Foi uma conversa muito interessante sobre o estigma do autismo, o meu Serviço Voluntário Europeu em Itália, a inspiração para os personagens e a dicotomia campo/cidade que criei nesta história.

"Durante o meu projecto de voluntariado, o que mais me custou foi ver que algumas crianças eram, muitas vezes, rejeitadas pelos colegas e até pela própria família só porque eram… diferentes. Quero mostrar com este livro que as nossas diferenças podem ser a base da nossa união..."

Podem ler tudo no blog da editora Intelectual aqui

Revelação do título e capa do livro

Filipe B., 03.10.23

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E aqui está.

Entre as Mulheres é o título do meu novo livro.

Já disponível em pré-lançamento nas livrarias Wook e Bertrand

E é esta a sinopse: 
"Por que motivo tinha o David uma obsessão tão forte com as sextas-feiras, as visitas ao museu e a cor laranja?

Todas as sextas-feiras Marta veste, por exigência do filho, a mesma camisola laranja. Assim o leva sempre a visitar o mesmo museu, de onde uma enorme janela lhes dá vista para um misterioso casarão. Cumprem esse ritual desde que Simão decidiu desaparecer, incapaz de compreender o autismo do filho, deixando-a sozinha com o menino de 8 anos.

Quando a escola suspende as aulas de ensino especial por falta de verbas, o desespero bate à porta. Marta encontra numa associação de voluntários a solução de apoio para os estudos do filho. O voluntário Mateo entra assim na vida de David como professor, trazendo ensinamentos e transformações que ninguém esperava. Também a passagem do tempo arrasta mudanças e Marta sabe que alguns segredos não poderão ser escondidos para sempre. Até onde irá uma mãe para proteger um filho?"

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A capa bonita criada pela editora Intelectual.

Estou ansioso que leiam este livro, para que possamos discutir o que realmente significa a história de Marta e da sua coragem. 

Encontrei uma editora para o meu livro!

Filipe B., 17.08.23

livro aberto sobre nesa

imagem: Pixabay

E é isto. 

Encontrei, finalmente, uma editora para o livro que acabei de escrever há 2 anos.

Desde 2021 que fui tentando. Tive algumas propostas, mas não do meu agrado. Duas dessas propostas eram das tais editoras vanityMas, basicamente, essas são editoras que nos pedem dinheiro para publicar e que, pior ainda, fazem um trabalho terrível de revisão.

Depois tive também dois não, mas agradeci a resposta e o profissionalismo ao explicar a decisão, pois outras editoras nem responderam. É assim. Faz parte. Nunca deixei que isso me contaminasse e deixasse parar. Não guardo rancores. 

E assim, um pouco sem já esperar, surgiu uma proposta de edição que vai ao encontro do que eu procurava. 

É a Intelecutal Editora.

É uma editora pequena (e a equipa foi muito sincera ao comunicar-me isto), mas mostrou respeito pelo meu trabalho, não me pediu somas exorbitantes para publicar aquilo que escrevi com tanto esforço e dedicação, e deixou-me muito feliz ao apostar em mim.

Também sou pequeno. Um autor independente. Somos iguais. No fundo, fiz uma promessa de nos ajudarmos a crescer mutuamente.

Eu gosto muito de trabalhar os meus livros, não só o escrever, mas também tudo o que vem depois, a promoção, as apresentações. E sei que posso trazer esse lado mais dinâmico para aqui.

Não posso partilhar muito para já.

Mas devia-vos isto. Tinha de vir aqui partilhar esta coisa boa.

Ansioso para que possam ler uma história que escrevi do fundo do meu coração.

 

A oliveira de Saramago

Filipe B., 21.12.22

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Hoje visitei a casa de Saramago em Lanzarote.

Quando digo que Saramago é o meu escritor preferido, as pessoas pensam que o é só porque é português ou porque ganhou o Nobel ou porque é ribatejano como eu. E talvez duas destas condições tenham peso na minha preferência, ainda que eu vá sempre negá-lo. Mas inegável é que as nossas vivências comuns nos aproximam. O Nobel é só um prémio. Já Saramago é o meu preferido porque, como nos disse o guia, com as suas palavras eu vejo do que é feita a pedra e não a pedra.

Visitar a sua casa, num lugar tão especial como esta ilha, foi um acto de várias emoções. Começando com o entrar no seu escritório e ouvir "Foi aqui que Saramago escreveu o Ensaio Sobre a Cegueira, primeira obra que realizou em Lanzarote". O Ensaio foi o meu primeiro livro seu, o que me fez apaixonar pelo seu modo de escrever e é hoje um dos meus livros favoritos de sempre. Já aí me caiu tudo, e depois o estar ali no meio dos seus livros, procurando o que lia. E sim, passei bastante tempo a tentar descobrir o que lia afinal o homem que escreveu "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (provavelmente o seu livro meu favorito). E então vejo essa mesma obra na estante, ainda com marcadores e anotações do escritor. Um tesouro diante dos meus olhos, que já brilhavam. Incredulidade. Uma sensação indescritível.

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Mas foi no jardim que caí por terra, quando me contaram a história das oliveiras que trouxe do seu Ribatejo (e outra do Alentejo) para a ilha que o acolheu. Foi aí que chorei. Diante do mar, lá ao fundo. Quem já viveu fora do seu país, como eu vivo, sabe bem que passamos a vida a levar oliveiras na bagagem, atrás de nós, connosco, um bocadinho de casa sempre que se parte e reparte. Uma esperança de que estas cresçam no lugar aos quais queremos chamar casa também. No final, sem ar, arrebatado, sentei-me no jardim de Saramago e escrevi.

Que mais poderia eu fazer? 

O que vier, virá

Filipe B., 02.01.22

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Se me querem ver feliz, é só dar-me um livro para as mãos.

Assim comecei este novo ano.

A ler.

Sereno.

E mergulhado na fantasia de um livro, porque por estes dias não há melhor forma de escape a esta realidade que quase oprime.

Está nas nossas mãos não deixar que isso aconteça.

E o que vier, virá.

Bom ano para todos!

Um livro que vos recomendo.

Filipe B., 20.06.15


O Grande Gatsby (The Great Gatsby) estava na minha lista de espera de livros há algum tempo.

Conhecia bem a fama de clássico que o livro carregava, sabia que já tinha sido adaptado ao cinema umas cinco vezes e até tinha visto a última adaptação (com o Leonardo DiCaprio)

Quero eu dizer que o peso épico do livro já se fazia sentir mesmo antes de o começar a ler. E a partir daí o peso só aumentou. De facto, este romance do autor americano F. Scott Fitzgerald é uma obra que nos traz uma crítica honrosa à moral e aos costumes do "sonho americano".

O livro foi lançado em 1925 (quase há cem anos!) e nem por isso podemos dizer que está desactualizado, pois este carrega consigo um prazer que parece ser infinito no desenrolar das letras que o compõem. Há sempre uma ironia a despertar a cada parágrafo e mesmo um senso de realidade para nos lembrar que nem sempre ganham os justos nesta sociedade de falsos moralismos.

Só lendo se entende, perfeitamente.

Talvez por isso ainda nenhum realizador de cinema tenha acertado em cheio na adaptação da sublime estória que aqui é contada. Eu vi o filme primeiro e adorei ler o livro depois, mas talvez preferisse não ter visto o filme inicialmente, não é que não tenha gostado desse, mas penso que poderia ter desfrutado muito mais da obra escrita, com direito a mais surpresas literárias.

Recomendo. É uma excelente e surpreendente leitura.

O Dia Em Que Nasci - a história de Tomé

Filipe B., 06.06.15


Tomé é um adolescente preso em casa, pelo seu próprio pai, que o mantém acorrentado numa cave poeirenta. Mas um dia, um grupo de

desconhecidos obriga Tomé a sair para fora desta casa, descobrindo muitas coisas para além do que conhecia até então. Revelado o segredo que o mantinha aparte, Tomé conhece então Vera, uma jovem que cresceu nas mesmas condições e com quem principia a luta contra aqueles que mantêm uma guerra longa e sem sentido.

O Dia Em Que Nasci conta a história da emancipação de um jovem que, ao descobrir o mundo, decide lutar pela sua transformação num lugar onde todos tenham um futuro possível.

Pode adquirir o livro aqui.


Apresentação do livro na Feira Cultural de Coimbra, 31 de Maio de 2015 - sessão de autógrafos.